Historial

O Arquipélago da Madeira, doado no dia 26 de Setembro de 1433 à Ordem de Cristo “para todo o sempre no espiritual” por El-Rei D. Duarte, dependia sobretudo, desde o dia 13 de Março de 1456, da Vigararia de Tomar, que, pela Bula “Inter Coetera” do Papa Calisto III, tinha jurisdição espiritual sobre todos os domínios do ultramar, com poder para erigir e conferir benefícios eclesiásticos.

A Diocese do Funchal foi criada pelo Papa Leão X, a pedido de D. Manuel I, Rei de Portugal, no dia 12 de Junho de 1514, pela Bula Pro excellenti praeeminentia.
Foi seu primeiro Bispo D. Diogo Pinheiro, membro da Ordem de Cristo, Vigário de Tomar.

Com o crescimento do Império Português multiplicaram-se os missionários que acompanhavam os nossos descobridores e desenvolviam importante acção evangelizadora.

Perante tão grande e prometedor florescimento da fé e para que a acção da Igreja se tornasse mais eficaz, urgia uma nova organização eclesiástica.

Viu o problema El-Rei D. João III e, para resolvê-lo, pediu ao Papa Clemente VII que criasse as dioceses de S. Miguel, nos Açores, de S. Tiago de Cabo verde, de S. Tomé e de Santa Catarina, em Goa; e que elevasse a metropolitana e a Primaz a Catedral do Funchal, dando-lhe, como província, as quatro novas dioceses e toda a costa de África, que entesta com a diocese de Safi, o Brasil e todas as terras descobertas e por descobrir.

Na mesma altura apresentou ao Sumo Pontífice, para arcebispo da nova arquidiocese, D. Martinho de Portugal, embaixador junto do Vaticano.

O Papa Clemente VII atendeu o desejo do monarca e, no dia 31 de Janeiro de 1533, elevou o Bispado do Funchal a Arcebispado e deu-lhe, como território, o mais vasto dado até hoje a uma diocese.

 


© Copyright 2012, Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja. Todos os direitos reservados